sábado, 27 de outubro de 2007

Sobre gauchos e paulistas...

Nunca me canso de falar sobre minha perplexidade com a "cidade grande"... uma coisa é a impressionante capacidade que os paulistas tem de zoar com o sotaque alheio, e principalmente, o dos gaúchos... zoar? eu escrevi zoar? Caralho! AHHHHHHHHHHHH eu tô escrevendo, pensando, em paulistês! Eu me toquei que estava perdendo meu linguajar dos pampas o dia em que, carregando uma mochila enorme nas costas, eu disse que estava "mó esquisita". Aí eu pensei: "deveras. pelo menos eu me misturo no meio dessa gente e paro de ser atração de zoológico: "fala de novo! fala de novo!
Mas não troco o meu "tu" pelo você nem morta! Isso vocês não vão conseguir!

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Me Desligando do CSEP*

Olá caros leitores desse espaço um pouco abandonado pelos seus colaboradores!
Hoje eu resolvi dar uma passada por aqui e escrever algumas palavras. Algo talvez diferente dos meus costumeiros textos com toques de humor...Tá bom...Tá bom...Terá um pouquinho de humor sim, não consigo resistir. (rs)
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Em toda minha vida eu sempre pensei “Não comando nada nessa vida, além de mim mesmo”, mas nesse último mês cheguei à conclusão que nem em mim eu tenho mais controle.
Em outubro passado, quando terminei com minha namorada, fiz uma promessa que não me apaixonaria por mais ninguém. Que só voltaria a namorar somente em 2008. Que viveria uma vida de solteiro de pura loucura. Até a vice-presidência do CSEP* cheguei a assumir.
Grande engano... Depois de 5 meses chega do nada uma mulher de apenas 1,52m de altura e desfaz tudo o que eu tinha planejado, bagunçando toda minha cabeça. E o pior, me deixa com cara de bobo e ainda me faz super feliz em desfazer meu estimado planejamento estratégico de solteiro. Realmente não mando mais em nada mesmo.
Por isso, hoje venho através deste texto oficializar para meus caros membros do CSEP que estou me desligando do clube, pois não possuo mais as principais características de integrante. Prometo participar das reuniões como visitante e contar minha experiência do outro lado dos ideais do clube.
Para encerrar esse breve texto queria falar muito obrigado por essa pessoa existir.

*CSEP – Como diria o Sr. Mariatti, só vou adiantando que é um clube de solteiros. Agora que estou fora dele, é perigoso eu ganhar uma graninha lançando um livro apresentando todos os ideais do clube, integrantes, locais de encontro... Sabe que não é um a má idéia. (rs)

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Uma provinciana na Cidade Grande


Sou a mais nova colaboradora desse blog: Giórgia, a "chinoca" da Província...
Em primeiro lugar gostaria de expor minha perplexidade diante de vossa linda capital São Paulo.
Antes que eu saísse da adorável província de Hamburgerberg (uma acolhedora cidadezinha de 300.000 habitantes do RS) ouvia o choro e ranger de dentes da parentalha, que espavorida recomendava mil vezs que eu tomasse cuidado na "cidade grande", porque os titios que tem por lá são maus... muito maus! Ganhei até uma bolsinha do tipo 'pochette" com o nome de uma agência de turismo, para que a colocasse na cintura, debaixo da calça, bem escondidinha (sem comentários)... porque não deveria andar com bolsa pelas perigosas ruas da capital!
Peguei o avião e qual não foi minha emoção ao notar que, já dentro do estado de São Paulo, havia... praias! Não me lembrava da existência de uma praia chamada Santos, imortalizada no hit de Roberto Carlos. Mas o que eu gostei mesmo foi de olhar a cidade de cima... grande, muuuito grande, e eu me sentia como criança que chegou na Disneylândia. Mas antes que meus olhos se cansassem de vislumbrar a assustadora paisagem, tive de usar o saquinho de vômito, porque o avião oscilou muito antes de decidir a pousar no deteriorado aeroporto de Congonhas.
Concluido o pouso com meu estômago em frangalhos, me hospedei no adorável Hotel Nóbrega, que fica naWashington Luís. A 30 reais a diária, você tem direito a um quarto com um beliche, ventilador e uma TV (a cores!) . Escolhi um quarto que tinha janela, óbvio, para me integrar ao ambiente e curtir o lindo sol da manhã, mas tive de trocar para um quarto mais "afastado", onde o barulho dos carros e sirenes de polícia não fosse uma grave ameaça aos tímpanos...

Bom, feito o que eu tinha ido fazer na cidade, só me restava achar um bom guia turístico, aí é que minha estadia na cidade que deveria ser de três dias se estendeu por dezoito. Meu guia, um jovem simpático, moreno-cor-de-cuia-pêlo-duro, até então contato de orkut e msn, amante das baladas (com karaokê) e exímio contador de suas desgraças amorosas referentes ao ano de 2006, me fez conhecer a majestosa Avenida Paulista, um boteco cult da Augusta e até me convenceu a usar o banheiro do MacDonald's (me consolando quanto ao desrespeito de vários princípios morais e religiosos tão caros a minha pessoa...) e acabou deixando meu pobre coração de garota inocente interiorana tremendamente confuso.. Bom, só sei que no outro dia vi que havia mais alguém dormindo no beliche do meu hotel xumbrega (ou seria No-brega?)... respirei aliviada ao repassar toda a "fita" da noite anterior e responder afirmativamente a duas perguntas muito importantes:
a) Eu sei quem é esse sujeito dormindo aqui no meu quarto? SIM
b) Eu lembro tudo o que fiz ou falei na noite anterior? SIM
Bom, esse jovem mais tarde seria o motivo de eu voltar a São Paulo duas semanas depois, com a desculpa de vir buscar roupas, escova de dente, tênis e outros artigos de uma inutilidade imprescindível que esqueci na Francine, nossa amiga hospitaleira (falaremos dela na seqüência)...
Mas vamos ao que me encantou na cidade:
a) A possibilidade de conhecer todas aquelas ruas e bairros cujos terrenos eu comprava no Banco Imobiliário (Rebouças, Augusta, Av. Paulista, Brooklin, Morumbi);
b) Pisar em tantas ruas lembradas por samba e bossa nova ("alguma coisa acontece no meu coração/só quando eu cruzo a Ipiranga com a Avenida São João... ou essa: "O Arnesto nos convidou, prum Samba ele mora no Brás"... ou: "cena de sangue no bar da Avenida São João"... ou: "cruzei a Rua Augusta a 120 por hora").
c) A perplexidade dos donos de boteco quando eu pedia uma "taça" de café (aquele ar embasbacado de quem pensa "ou é louca ou é uma puta provinciana querendo bancar grâ-fina...). É que "taça" de café aqui no sul, é o que em SP se chama "meia". Bom, melhor não comentar a fundo, mas nosso pão francês se chama "cacetinho" (alguma inspiração freudiana?).
d) O fato de muitos homens em São Paulo serem fáceis, extremamente fáceis... você deve ensaiar uma cara bem cruel e rancorosa antes de responder as horas... ou usar uma camiseta com os dizeres: "Sou gentil, mas não quero dar pra você!"
Enfim, continuarei em outro momento minha epopéia pela Paulicéia desvairada...

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Sobre amigos e outras coisas

Minha inspiração para escrever este texto foi o fato de estar com as coxas doendo, por ter a mania de ficar dançando abaixando o corpo. Não tenho mais idade para estas coisas...

São Paulo, 7 Março de 2026

Fazem mais de 20 anos... Vejo algumas fotos da turma de 2004. Como era boa aquela época, e eu não sabia...

Tive várias turmas, a de 92 (minha vida começou neste ano), a de 93/94 a de 95/96 (época muito boa, todos gostavam de mim pelo que era, algo parecido, só surgiria uns 8 anos depois).

Só damos conta do quanto algo é importante, depois que perdemos. Por que somos assim? Por que sempre queremos ter ontem, a cabeça que temos hoje? Ainda não descobri...

Sou muito cabeça dura, e minha personalidade, não mudou muito com os anos. Mas aprendi o quanto minhas encanações daquela época, eram tão fúteis e fáceis de resolver, aprendi que depois de tempos, a dor é sempre maior pelo arrependimento de não ter feito algo, do que de ter feito e se dado mal, ou não, o fato de que nunca (e nunca é realmente uma palavra muito forte) poderá saber como poderia ter sido é que dói.

Faz tempo, mas nesta e nas outras oportunidades que tivemos de nos encontrar, aprendi algumas coisas (um de meus defeitos, é que estou constantemente me analisando). Eu estava voltando à ser o que eu era na turma de 92 (com menos pessoas é claro). Depois de 98, 99, os anos haviam me transformado muito, eu pensava no que eu "devia" fazer, falar ou ser, sem me importar com o que eu queria. A regra era do que era "certo" e necessário. Nós mesmos nos envelhecemos, de propósito. Esta turma não havia conhecido o que tinha me transformado, apenas o que eu tinha sido. E estava sendo bom. Enquanto eu não parava para pensar.

É incrível como não damos importância para nossas crenças na vida, ou como agregamos valores de forma tão desatenciosa, mas nos apegamos de forma tão forte à elas quando alguém resolve toma-la, ou mudar nossas crenças. A Talita me disse algo que na época, não tinha talvez maturidade ou coragem suficiente para assimilar. Não somos uma pessoa só, ou apenas uma face em todos os meios que nos encontramos. Somos uma pessoa com nossa família, outra com nossos pais, outra na escola, outra no serviço e assim por diante. E isto acontece de uma forma tão natural, que hipocritamente, nåo percebemos.

Como perdemos facilmente nossas turmas, as vezes por mudança de escola, de bairro, idade, interesses diferentes, etc.. Tive outras turmas depois da de 2004. Também foram embora, mais cedo ou mais tarde, hoje que sei da importância que certas coisas e pessoas, talvez soubesse como evitar isto. Na época não sabia.

Se pudesse voltar no tempo e colocar algumas coisas na cabeça daquele jovem Lucas que se considerava velho demais, diria por exemplo, para não tentar ter sempre o controle das coisas, tentar parar de prever o futuro, deixar as coisas rolar, parar de se analisar, ser menos exigente consigo mesmo e com todas as outras pessoas, rir mais em todas as ocasiões, não querer ter certeza à todo instante de que é importante para as pessoas que considera. Diria, para ser mais emocional e menos racional, diria para arriscar perder, para viver mais os momentos, e menos os anos. Diria para ser a pessoa que tinha vontade se ser apesar do destino e da consequência de seus próprios atos, ter-o transformado em outra pessoa, E principalmente, diria para ele parar de fumar, e lhe daria os números da Mega Sena daqueles anos.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Aniversário...


Hoje fui cobrado: _ Vc me liga 364 dias por ano, e no dia do meu aniversário não me liga!

Não adiantou muito argumentar que por ela estar na praia com outras amigas não era adequado pra isso, e que se eu ligava em todos os outros dias, qual a importância de eu ligar neste?!

Depois parei pra pensar...É incrível como ficamos vulneráveis nesta data. Como esperamos um monte de coisas, como nossas expectativas acerca das pessoas e das coisas alcançam níveis que em outros dias, não damos a mínima. A amizade de algumas pessoas por exemplo, ou no caso, a atenção. Sempre menosprezamos o que nos é muito cotidiano ou aparentemente banal. Como nossas crenças, nossas rotinas, ou nossos amigos. Mas isso é meio que inerente..tão particular do ser humano..de nossas vaidades, que seria hipócrita eu censurar alguém por isso.

Somos assim...As vezes só damos valor a algo quando perdemos.

Ontem foi aniversário de uma de minhas melhores amigas, nos falamos sempre, nestes últimos 2..3 anos.. Já passamos por várias fases que colocaram a prova nossa amizade. Mas hoje em dia percebo que o maior inimigo da solidez dessa amizade, não é nada externo... Somos nós mesmos, ou como em qualquer outro tipo de relação (fraternal, amorosa ou mesmo amizade), o inimigo é o lado que demonstra gostar mais...justamente o mais vulnerável e que põe tudo a perder.

Uma amizade é um jogo de equilibrio: até onde vc pode ir, até onde pode falar, até onde pode se preocupar e zelar, e até mesmo até onde pode falar de vc.

Apesar de tudo, é a melhor amiga que tenho! E apesar dela as vezes descontar suas neuras pessoais em mim, vou perdoa-la, por que sei que faço a mesma coisa apenas de uma forma diferente.

Esses dias percebi algo que me deixou assustado. Ela copia minhas frases, usa minhas piadas e as vezes só me liga para absorver algumas pérolas para poder usar na frente dos outros amigos e colegas como se fossem dela. Mas o mais alarmante é que não são apenas minhas frases que ela usa..Ela também usa de seu outro amigo Perro, da Juliana e até do Verissimo! Não sei mais quem minha amiga pensa, o que ela faz, ou o que pensa. Nem sei se seu nome é este mesmo!

Vou terminar esse post da maneira mais sintetizada que puder sobre tão especial garota ...E como estou com preguiça, essa sintetizada será dando um 'copy and past' no meu depoimento pra ela do orkut...

"Quando ela me fizer um depoimento decente, eu também faço um. Mas acho que ela tem razão, devemos nos conhecer de outras vidas, dada nossa ligação tão forte.

De repente ela trabalhava em alguma taberna na idade média e eu era um beberrão inconsequente; e a encontrei enquanto tomava algumas doses escondida do chefe.

Descobrimos o quanto éramos parecidos, gostávamos quase das mesmas coisas, pensávamos da mesma forma, riamos das mesmas piadas que ninguém acha graça, completávamos as frases um do outro (talvez por termos as mesmas fontes) e ao invés de nos atirarmos ali mesmo em cima do balcão para uma sessão lascívia de sexo selvagem sem pudores, decidimos ser amigos pelo resto de nossas vidas e por todas as outras que viriam...

Cynthia...Uma pessoa que sempre foi muito correta...Pelo menos gramaticalmente."

Pra finalizar, uma frase dela, sobre ela mesma: "Sua eterna luta contra o peso, fará com que as futuras gerações se lembrem: Era uma grande mulher!"

Ps.: Na foto, uma das misturas mais explosivas que se pode imaginar: Um curaçau blue, duas caixas de cerveja skol, uma mulher aparentemente (mas não) siliconada e um olhar sexy matador. Cynthia!

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Um dia na vida de um típico osasquense – Parte 02

Continuando...
De volta ao trabalho me deparo com a loja superlotada, que para mim é muito bom, pois também recebo uma comissão por tudo que vendo.

De longe começo a estudar o público para encontrar potenciais consumidores. Depois de um tempo nesse emprego você adquire um feeling para isso. Normalmente mulheres são mais mãos-abertas, então já faço a primeira filtragem, depois seleciono por ansiedade compulsiva por compras. Existem clientes que através de gestos e ações demonstram seu desejo por compra.

Logo encontro minha primeira vítima, ou melhor, cliente pós-almoço. Uma morena com uma blusa de viscose, de mini-saia jeans por cima de uma calça de lycra e uma bota plataforma que mais parece um daqueles calçados utilizados em nevasca. Ali percebo todos os sintomas de uma consumidora com ansiedade compulsiva por compras: “escavação” de pilhas de roupas em promoção, discussão com outras clientes por uma peça que ela jura ter visto primeiro, escolha de roupa de tamanho menor do que ela usa, pois acredita que compensa levar por estar barato. Depois de umas 36 clientes como essa, chega a hora mais esperada por nós trabalhadores, a hora de voltarmos para casa, principalmente hoje que é dia de pagamento, e logo, dia de balada.


Chegando em casa já telefono para o Gordo e o Boy e marcamos uma visita numa casa de profissionais do sexo localizada no centro de Osasco. Mas antes, é claro, despisto a Edvania, e falo que vou jogar futebol com a galera do emprego. As mulheres sempre acreditam nessa história.

O relógio marca 22 horas, meus dois amigos buzinam em frente de casa com o fusca 68 cor azul metálico do boy. Um carro todo equipado, rebaixado e com vidros filmados que causa inveja pelo bairro. O Boy, que não é nada bobo, percebendo isso já meteu um adesivo de fora a fora no vidro traseiro com a inteligente frase “Veículo monitorado por invejosos”. Ficou muito estiloso.

Chegando ao recinto, visualizando o luminoso piscando “Drinks” e depois “Bar”, mostro meu RG ao segurança na entrada e subo a escada de acesso ao paraíso. Lá em cima é o céu na terra, ou o inferno talvez. A mulherada dançando Calypso semi-nua no palco, outras já sentando em nosso colo. É uma profissional mais gata do que a outra, com destaque à Scarlet, que mesmo sem um dos dentes frontais esbanja sensualidade como ninguém.

E ela é minha preferida, então logo já vou xavecando para ver se consigo arrastá-la para dentro de um dos quartinhos. Como sou bom de papo, depois de uma conversinha aqui outra ali e mais R$35,00 lá estava eu com aquela beldade. Depois de 5 minutos de sexo animal já estava pronto para ir com a galera ao bar e assistir às strippers.

Na volta para casa, dentro do fusca, resolvemos então relaxar um pouco, já que Sabadão está todo mundo no batente novamente. Gordo já puxa um produto natural do bolso que em poucos minutos já estava causando uma fumaceira enorme dentro carro, mas tudo isso é apenas diversão. Não é nada que trará problemas para mim, pois já tem 8 anos que utilizo a erva todos os dias e nunca me viciei.

E o fusca segue lentamente pela Avenida dos Autonomistas ao som de Circuladô de Fulô sendo sobreposto pela risada de hiena que o Boy emite após umas pegadas. Amanhã começa tudo de novo...

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Telefone

Tinha anotado rapidamente o número num guardanapo. E lá estava ele, gancho do telefone público pendurado no ombro perto da orelha e tentado achar o papel amassado na carteira.


Ele disca. Do outro lado a voz atende.

_ Alo! Quem fala? - Ele pergunta.

_ Com quem gostaria de falar?

Por que sempre perguntam isso, vc pensa...

_ Oi eu gostaria de falar com a Renatinha, ela está?!

_ Não tem ninguém com esse nome aqui. - diz a voz feminina ja se preparando pra desligar.

_ Não espere! Qual o número ai?

_ Qual número vc discou?!

Por que sempre perguntam isso, vc pensa...

_ Disquei o número que tenho anotado aqui, é tal.

_ Desculpe, vc deve ter anotado errado. Tchau.

_ Espera! Olha...eu sei que vc não me conhece, mas...

_ Sim?

_ Gostei da sua voz, e estava aqui pensando...Se eu desligar este telefone agora, eu nunca mais saberei nada de vc. Quem vc é, o que faz, quem é a dona dessa voz...

_ Ahn?!!!

_ Pode soar estranho sei, mas é que a partir do momento que te liguei, criamos um contato, e é engraçado, mas ele vai ser perdido para sempre a partir do momento que eu desligar o telefone.

_ Mas nós nem nos conhecemos! Como pode sentir falta de algo que nunca teve? Nunca viu?!

_ Justamente! É este o problema. Nunca. Se eu colocar este telefone no gancho NUNCA nos conheceremos e nunca, é uma palavra muito forte. Só de pensar que vou desligar e nunca mais teremos este contato de novo. Que nunca terei a chance de te ver, que nunca mais vou discar esse número..

_ Bem .. pensando assim...


A partir daqui a história pode ter dois desfechos:


Eles se conhecem mais, e descobrem que não eram assim tão distantes, afinal a vizinha da amiga dela, é prima do cunhado do seu melhor amigo. Além disso descobrem afinidades, namoram, se casam e vivem felizes para sempre.

Mas como a vida real – para deleite dos leitores – não é tão bonitinha, provavelmente aconteceu o seguinte:

Ela pega o telefone dele e depois de um tempo resolve mesmo ligar.

_ Alô? Marcelo?

_ Desculpe, deve ter se enganado de número – diz a voz se preparando pra desligar.

_ Não! Espere! Olha...eu sei que vc não me conhece, mas...

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Ócio criativo

Estou passando por uma de minhas piores fases de ócio criativo.

Simplesmente não tenho novas boas ideias. Não sei ao certo a causa disso tudo, é difícil repetir o sucesso do meu bloguio anterior admito. Nada vai se comparar as 7 Revelações de Lucas, a minha briga com a dona de outro blog igualmente famoso o 'Não sei ainda blog', O diário da Miguxa Balzaquiana, Os Bastidores do Poder entre tantos outros temas.

Acho que me falta uma boa dose de 'je ne sais quoi', ou talvez mais alguns relacionamentos terminados de formas cinematográficas e trágicas como a Comédia Divina. Talvez eu precise discutir mais com as pessoas e expor as feridas da forma mais ironica e sarcástica possível. Talvez eu esteja apenas ficando mais complacente com tudo e me protegendo mais, ou talvez a idade esteja sequelando meus neuronios. Ou talvez simplesmente tenha encontrado formas mais divertidas de apaziguar meu ego, consumidor voraz e feroz de atenção. Nunca saberei.

Mas de uma coisa eu sei, mesmo com tudo o que passei neste ano de 2006, todos os erros, as desilusões, os poucos momentos felizes tudo o que me fez me afastar de tudo e todos e perder um bocado de coisas, me deixaram com uma cabeça bem mais madura para começar tudo de novo, expondo ou não o que acontece.

Estou vivendo a fase mais instável, confusa e ao mesmo tempo cheia de oportunidades da minha vida, estou empolgado, e mesmo que nem tudo transpareça, quero agradecer aos meus velhos novos amigos, que tem tanto - mesmo sem saber - me ajudado.

Obrigado

Conto-Estória-Mangá-Novela - Cap. 7


April, year 2034

USO - United States of Osasco

Em uma reunião na cúpula do Hextagono do país. (Pentagono para Osasco era muito pouco).

-Estamos perdidos com esta invasão de intelectuais no país caro Presidente, será o fim de nosso país - diz o Ministro da Defesa do País de Osasco.

-É a pior crise que este país vive desde de sua independência às Margens do Rio Tietê em 2008, quando atuamos na conhecida Batalha Brega, batalha esta que vencemos graças as nossas armas sonoras. O restante do Brasil não agüentou ouvir Reginaldo Rossi e Amado Batista cantando juntos durante 40 dias e 40 noites. Que Deus os tenham esses mártires.- Diz o presidente Kerido Batista (neto de Amado Batista).

-Temos que ter uma solução - diz o Ministro de Cultura Brega

- Se pelo menos nossos heróis não tivessem sumido em 2004 - lamenta o presidente apontando para um quadro de Lucas e Edson emoldurado com fios de ouro.

- Eureka!! Creio que tenho a solução - diz Dr. Einstein da Silva, Ministro da Tecnologia

Todo mundo fica na maior ansiedade da resposta.

- Como sabem estou trabalhando em uma máquina do tempo, máquina essa que pretendo usar para recuperar LPs de Antonio Marcos, Marcos Roberto, Diana, Odair José, Perla, entre outros maravilhosos cantores da década de 70 do século passado. E se nós a usássemos para salvar nossos heróis das garras das Lolitas naquele triste dia de 2004?

- Você é um gênio!! Se a máquina estiver funcionando vamos fazer isto agora.

- Vamos testá-la. - diz Dr. Einstein da Silva

No laboratório de Einstein é feito o primeiro teste com a máquina.

-É só colocarmos a data, local e a hora, alguns minutos antes do ocorrido apontar está antena para a Paulista, onde ficam as antenas principais. Ah! Esqueci do Bom-bril para melhorar a recepção. E Voyage!!

Naquele instante, um túnel se abre e luzes de milhões de cores tomam o céu azul de Osasco. O Presidente, Dr. Einstein e três PMs com seus cães adentram ao túnel.

April, year 2004

São Bento - São Paulo

Lucas também vai pra cima do homem. Os três rolam no chão. Nisto ouve-se uma voz que grita:

-Corta!

Nisto houve-se outro grito, ou melhor, gritos. Gritos histéricos de jovens Lolitas (não confundir com Talita) que invadem o estúdio. Elas estão com faixas exaltando nossos heróis e fotos e revistas semanais falando sobre Edson e Lucas e todos os seus personagens.

Faltando alguns metros para que elas os alcançassem surgem os PMs do futuro com seus cães do futuro e expulsa as Lolitas do presente.

-Ótimo trabalho diz o presidente futurístico.

-Como podemos agradecer?? Essas mulheres iam acabar com meu penteado que fiz com tanto carinho com os Bobs da minha mãe - diz Edson

-Não precisa agradecer, daqui 30 anos vocês pagarão a dívida.

-Vocês são loucos!? Essas mulheres iam nos matar de tanto sexo, e vocês as impediram. Vão a merda. - exclama Lucas indignado

Aproveitando a deixa de Lucas, Dr. Einstein pede que todos retornem ao seu tempo real. Apertando um botão em seu relógio os futuristas retornam ao presente deles e ao futuro nosso e ao passado de quem vier depois dos tempos deles. (nossa que complicado!).

Vendo aquela explosão de luzes e as pessoas sumindo aos seus olhos Lucas e Edson que estavam com caras de cachorro que caiu do caminhão da mudança exclamam:

-Eu não devia ter bebido tanto!!

Juliana, que viu tudo sem falar nada, diz:

-Vocês ainda não viram nada.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Bastidores CSEP Corp.

Seguem abaixo alguns mail's trocados nos bastidores desta renomada instituição:

De: Hugo Mariatti
Enviada em: quarta-feira, 10 de janeiro de 2007 14:49
Assunto: Reunião CSEP

Caros senhores,Venho por meio deste, solicitar a confirmação para a presente data, da reunião dos mais ilustres membros da CSEP, a se realizar no dia de hoje, em qualquer dependência pública e comercial atuante no ramo de bebidas e salgadinhos de salsicha ou ovos coloridos, vulgo boteco.

Seria de suma importância saber do sim da realização do evento acima, e do respectivo horário e local.

Sem mais
Hugo Mariatti

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De: Pegoraro

Enviadas: Quarta-feira, 10 de Janeiro de 2007 14:07:43
Assunto: Reunião CSEP

Caros amigos da diretoria executiva do CSEP,

Infelizmente não poderei comparecer, pois preciso entregar alguns DVDs amanhã. Hoje preciso produzi-los ainda.Ah! Eu transformo fitas VHS em DVD. Se quiserem contratar meus serviços estou à disposição. (rs)Preciso tirar um dinheiro a mais do que recebo, pois senão é foda. E até que ganhei uma graninha nesses últimos meses por causa desse trabalho. (rs)

Abraços,

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De: Vando

Enviadas: Quarta-feira, 10 de Janeiro de 2007 15:02:21
Assunto: Reunião CSEP

Senhores,

Como Presidente e CEO do CSEP, abaixo relaciono algumas mudanças no quadro gerencial do clube, conforme justificativas que se seguem :

- Dada a indisponibilidade constante do membro do CSEP - Sr Pegoraro;- Considerando o ótimo desempenho que o Sr. Hugo Mariatti está tendo nessa entidade, atuando como fiel Solteiro, Experiente e Promíscuo;Fica desde já o Sr. Pegoraro destituído do cargo de Vice-Presidente do CSEP, passando a exercer o cargo de Diretor.

Em seu lugar, e desocupando o cargo de diretor do CSEP, toma posse a partir de agora o Sr. Hugo Mariatti.

Salientamos ainda que a baixa assiduidade dos membros do CSEP nas reuniões "de trabalho" acarretará sanções disciplinares graves, podendo chegar a destituição definitiva do membro.

Prezado Vice-Presidente Hugo, fica o Sr. desde já incumbido de disseminar esse comunicado a todos os membros do CSEP.

Atenciosamente,
Vando S.Presidente e CEO – CSEP

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De: Hugo Mariatti

Enviada em: quarta-feira, 10 de janeiro de 2007 14:49
Assunto: Reunião CSEP

YES!!! YES!!! YES!!!!

Quer dizer,

Caros senhores.

Por meio desta, é que venho dizer que me sinto honrado pela nomeação, e trabalharei ainda mais para fazer jus ao cargo ocupado e responsabilidade que me é confiada.

Foi um longo caminho até esta posição, mas garanto que será apenas o inicio de uma longa jornada pelo futuro, perpetuação e consagraçaõ dos CSEP's como grande entidade.

Vejo boas perspectivas no horizonte, e todas elas usando pouca indumentária e sendo bastante gentis.

Gostaria por último, mas não menos importante, contar com a ajuda de nosso novo diretor para os assuntos reginais e de seleção, mesmo que seja pela internet, já que atua principalmente na região de Osasco, um dos maiores bairros da cidade de São Paulo.

Atenciosamente e obrigado
Hugo Mariatti
Vice-Presidente CSEP Corp.