Sou a mais nova colaboradora desse blog: Giórgia, a "chinoca" da Província...
Em primeiro lugar gostaria de expor minha perplexidade diante de vossa linda capital São Paulo.
Antes que eu saísse da adorável província de Hamburgerberg (uma acolhedora cidadezinha de 300.000 habitantes do RS) ouvia o choro e ranger de dentes da parentalha, que espavorida recomendava mil vezs que eu tomasse cuidado na "cidade grande", porque os titios que tem por lá são maus... muito maus! Ganhei até uma bolsinha do tipo 'pochette" com o nome de uma agência de turismo, para que a colocasse na cintura, debaixo da calça, bem escondidinha (sem comentários)... porque não deveria andar com bolsa pelas perigosas ruas da capital!
Em primeiro lugar gostaria de expor minha perplexidade diante de vossa linda capital São Paulo.
Antes que eu saísse da adorável província de Hamburgerberg (uma acolhedora cidadezinha de 300.000 habitantes do RS) ouvia o choro e ranger de dentes da parentalha, que espavorida recomendava mil vezs que eu tomasse cuidado na "cidade grande", porque os titios que tem por lá são maus... muito maus! Ganhei até uma bolsinha do tipo 'pochette" com o nome de uma agência de turismo, para que a colocasse na cintura, debaixo da calça, bem escondidinha (sem comentários)... porque não deveria andar com bolsa pelas perigosas ruas da capital!
Peguei o avião e qual não foi minha emoção ao notar que, já dentro do estado de São Paulo, havia... praias! Não me lembrava da existência de uma praia chamada Santos, imortalizada no hit de Roberto Carlos. Mas o que eu gostei mesmo foi de olhar a cidade de cima... grande, muuuito grande, e eu me sentia como criança que chegou na Disneylândia. Mas antes que meus olhos se cansassem de vislumbrar a assustadora paisagem, tive de usar o saquinho de vômito, porque o avião oscilou muito antes de decidir a pousar no deteriorado aeroporto de Congonhas.
Concluido o pouso com meu estômago em frangalhos, me hospedei no adorável Hotel Nóbrega, que fica naWashington Luís. A 30 reais a diária, você tem direito a um quarto com um beliche, ventilador e uma TV (a cores!) . Escolhi um quarto que tinha janela, óbvio, para me integrar ao ambiente e curtir o lindo sol da manhã, mas tive de trocar para um quarto mais "afastado", onde o barulho dos carros e sirenes de polícia não fosse uma grave ameaça aos tímpanos...
Bom, feito o que eu tinha ido fazer na cidade, só me restava achar um bom guia turístico, aí é que minha estadia na cidade que deveria ser de três dias se estendeu por dezoito. Meu guia, um jovem simpático, moreno-cor-de-cuia-pêlo-duro, até então contato de orkut e msn, amante das baladas (com karaokê) e exímio contador de suas desgraças amorosas referentes ao ano de 2006, me fez conhecer a majestosa Avenida Paulista, um boteco cult da Augusta e até me convenceu a usar o banheiro do MacDonald's (me consolando quanto ao desrespeito de vários princípios morais e religiosos tão caros a minha pessoa...) e acabou deixando meu pobre coração de garota inocente interiorana tremendamente confuso.. Bom, só sei que no outro dia vi que havia mais alguém dormindo no beliche do meu hotel xumbrega (ou seria No-brega?)... respirei aliviada ao repassar toda a "fita" da noite anterior e responder afirmativamente a duas perguntas muito importantes:
Bom, feito o que eu tinha ido fazer na cidade, só me restava achar um bom guia turístico, aí é que minha estadia na cidade que deveria ser de três dias se estendeu por dezoito. Meu guia, um jovem simpático, moreno-cor-de-cuia-pêlo-duro, até então contato de orkut e msn, amante das baladas (com karaokê) e exímio contador de suas desgraças amorosas referentes ao ano de 2006, me fez conhecer a majestosa Avenida Paulista, um boteco cult da Augusta e até me convenceu a usar o banheiro do MacDonald's (me consolando quanto ao desrespeito de vários princípios morais e religiosos tão caros a minha pessoa...) e acabou deixando meu pobre coração de garota inocente interiorana tremendamente confuso.. Bom, só sei que no outro dia vi que havia mais alguém dormindo no beliche do meu hotel xumbrega (ou seria No-brega?)... respirei aliviada ao repassar toda a "fita" da noite anterior e responder afirmativamente a duas perguntas muito importantes:
a) Eu sei quem é esse sujeito dormindo aqui no meu quarto? SIM
b) Eu lembro tudo o que fiz ou falei na noite anterior? SIM
Bom, esse jovem mais tarde seria o motivo de eu voltar a São Paulo duas semanas depois, com a desculpa de vir buscar roupas, escova de dente, tênis e outros artigos de uma inutilidade imprescindível que esqueci na Francine, nossa amiga hospitaleira (falaremos dela na seqüência)...
Mas vamos ao que me encantou na cidade:
a) A possibilidade de conhecer todas aquelas ruas e bairros cujos terrenos eu comprava no Banco Imobiliário (Rebouças, Augusta, Av. Paulista, Brooklin, Morumbi);
b) Pisar em tantas ruas lembradas por samba e bossa nova ("alguma coisa acontece no meu coração/só quando eu cruzo a Ipiranga com a Avenida São João... ou essa: "O Arnesto nos convidou, prum Samba ele mora no Brás"... ou: "cena de sangue no bar da Avenida São João"... ou: "cruzei a Rua Augusta a 120 por hora").
c) A perplexidade dos donos de boteco quando eu pedia uma "taça" de café (aquele ar embasbacado de quem pensa "ou é louca ou é uma puta provinciana querendo bancar grâ-fina...). É que "taça" de café aqui no sul, é o que em SP se chama "meia". Bom, melhor não comentar a fundo, mas nosso pão francês se chama "cacetinho" (alguma inspiração freudiana?).
d) O fato de muitos homens em São Paulo serem fáceis, extremamente fáceis... você deve ensaiar uma cara bem cruel e rancorosa antes de responder as horas... ou usar uma camiseta com os dizeres: "Sou gentil, mas não quero dar pra você!"
Enfim, continuarei em outro momento minha epopéia pela Paulicéia desvairada...
4 comentários:
É muito bom conhecer uma outra perspectiva dessa epopéia.
Gostei do seu texto, de fin trato com as palavras.
Boa escolha do administrador do blog em te aceitar como colaboradora. Ou ele tem um perspicaz felling para novos talentos ou ele quer ter certeza de que alguem vai escrever algo aqui, mesmo que ele nao escreva. (Sim estou cutucando os outros...)
Seja em vinda.
Nossa, quanto tempo eu não passo aqui!
Gostei da sua idéia de camiseta, oh, senhorita provinciana, e tenho uma idéia para uma camiseta tb.
Assim, ó: "Não é pq estou no 16° copo de breja, que..."
Affff, deixa quieto! Tenho tomado muita cerveja Devassa....hahahahaha
Bjoss
Campanha faça um egocêntrico feliz e poste no blog do Hugo!!! Cadê o texto do Pan, criatura??? Beijos
Oi Galera!! Oi Giorgia!
Andei sumido do Blog, mas queria desejar um pouco tarde minhas boas vindas.
Kd a continuação gaúcha?
Só uma perguntinha. Quando eu entro nessa história? Não vai esquecer de sua ida até a São Bento onde vc conheceu pessoas super gente fina, inclusive eu. (hehehe)
Então "China", não esqueci seu convite para a galera conhecer o sul tb.(rs)
Super beijo!
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